quinta-feira, 26 de abril de 2018

filmes africanos relevantes


A VIAGEM DA HIENA (1973)
A Viagem Da Hiena é o primeiro filme do aclamado diretor senegalês Djibril Diop Mambety é considerado um dos melhores filmes africanos, com certeza um dos mais experimentais. Concebido com exatidão e magistralmente realizado, o filme narra as cômicas desaventuras de Mory, um vaqueiro que monta uma motocicleta com um crânio bovino. e Anta, uma estudante universitária. Alienados e descontentes com o Senegal e a África, decidem ir para Paris, buscando para tanto, arrumar dinheiro-fácil através de diferentes formas.
VIRGEM MARGARIDA (2012)
Moçambique, 1975. Com a independência do país recém-proclamada, o novo governo quer eliminar alguns maus hábitos do colonialismo, entre eles a prostituição. Em uma noite, centenas de mulheres são capturadas e levadas num caminhão para um centro de reeducação isolado. Lá, elas são submetidas a um duro programa de doutrinamento que inclui trabalhos forçados e castigos corporais. Entre elas está Margarida, de 16 anos, capturada ao acaso por estar sem documentos. Quando as prostitutas descobrem que Margarida é virgem, ela passa a ser protegida e idolatrada como uma santa.
OS INICIADOS (2017)
Cabo Oriental, África do Sul. Xolani, um operário solitário, viaja para as montanhas rurais com os homens de sua comunidade com intuito de atuar nos rituais de Ulwaluko, que consiste na circuncisão de adolescentes de origem Xhosa para que eles ingressem finalmente na vida adulta, tornando-se homens. Xolani assume a responsabilidade sobre um garoto da cidade que o pai teme ser homossexual e, quando o iniciante questionador descobre seu segredo mais bem guardado, o operário não tem mais paz.
NJINGA, RAINHA DE ANGOLA (2013)
Rainha dos reinos do Ndongo (ou Ngola) e de Matamba, Njinga (1583-1663) foi uma guerreira africana que durante quatro décadas tudo fez para poupar o seu povo ao destino cruel da escravatura, generalizada pelos europeus no séc. XVI. Corajosa e decidida, ela era filha do rei Kilwanji e irmã de Mbandi. Este, tendo-se revoltado contra o domínio português em 1618, foi derrotado pelas forças de Luís Mendes de Vasconcelos. O nome de Njinga surge nos registos históricos alguns anos mais tarde, como uma enviada a uma conferência de paz com o governador português de Luanda. Após vários anos de incursões portuguesas para captura de escravos, e entre batalhas intermitentes, Njinga conseguiu negociar um tratado de termos iguais, chegando a converter-se ao cristianismo de forma a fortalecer a confiança entre os dois povos, adoptando o nome português de Ana de Sousa. Determinada a proteger os seus, ajudou a reinserir antigos escravos e formou uma economia que, ao contrário de outras, não dependia do tráfico de pessoas. Njinga faleceu aos 80 anos de idade, admirada e respeitada por Portugal, depois de uma luta corajosa contra a ocupação colonial, em defesa do povo mbundu. Um filme histórico, com realização do português Sérgio Graciano, segundo um argumento de Joana Jorge, que narra o percurso de honra e coragem de uma das mais importantes mulheres africanas da História.
RAINHA DE KATWE (2016)
Phiona Mutesi é uma jovem de Uganda que faz de tudo para alcançar o seu objetivo de se tornar uma das melhores jogadoras de xadrez do mundo. Órfã de pai e moradora de uma região bem pobre, Mutesi foi obrigada a largar a escola por falta de dinheiro, mas agora está decidida a enfrentar todos os obstáculos para tornar seu sonho realidade.
A PEQUENA VENDEDORA DE SOL (1999)
Menina aleijada de doze anos, Silli vai mendigar nas ruas de Dakar. Um bando de meninos vendedores-mirins de jornais zombam de sua deficiência. Ela logo decide parar de mendigar e começa também a vender jornais, atividade normalmente reservada aos meninos. No decorrer de suas aventuras, Sill conhece Babou: uma amizade que se afirma frente á brutalidade dos pequenos rivais vendedores de jornal…
BADOU BOY (1970)
O menino Badou, um jovem delinquente, vive aprontando em sua cidade, perturbando a paz de todos que o cercam. Sua fama consagra-o como uma das figuras mais procuradas pela polícia, que nunca consegue alcançá-lo. Enquanto isso, um mendigo cego sobrevive de sua humilde música, denunciando através do canto uma série de injustiças sociais. Com este primeiro longa, o diretor Mambéty passou a ser considerado uma espécie de ‘Godard Negro’.
TIMBUKTU (2014)
 Julho de 2012, em uma pequena cidade no norte de Mali, controlada por extremistas religiosos. Uma família tem sua rotina alterada quando um pescador mata uma de suas vacas. Ao tirar satisfação sobre o ocorrido, Kidane (Ibrahim Ahmed dit Pino) acaba matando o tal pescador. Tal situação o coloca no alvo da facção religiosa, já que cometera um crime imperdoável.
A VIDA SOBRE A TERRA (1998)
Um cineasta decide passar a virada para o ano 2000 na aldeia onde nasceu. No cotidiano pobre e sofrido da aldeia, ele reencontra seu pai, passeia de bicicleta e encontra a jovem Nana que traz nova vida ao local.
PROCURANDO FELA KUTI (2014)
Ninguém melhor que Fela Kuti para personificar o movimento musical africano dos anos 70 e 80. Paralelamente, o multi-instrumentista, cantor e compositor associou-se ao activismo político pós-colonial e anti-apartheid. A sua postura, os seus hábitos e consumos, bem como a sua música determinaram uma vida marcada por perseguições do repressivo regime militar nigeriano que se prolongaram até à sua morte, aos 58 anos, vítima de complicações decorrentes da SIDA. O ressurgir do afrobeat na última década recuperou o interesse no trabalho de Fela Kuti e levou à estreia de um aclamado musical na Broadway sobre a história do lendário músico. Finding Fela acompanha a estreia do musical em Lagos, na Nigéria, e aproveita a ocasião para recuperar o material que serviu de base à construção do espectáculo – filmes de arquivo, depoimentos, etc. –, ao mesmo tempo que recorda a vida do músico africano, documenta a performance e a sua recepção na terra natal de Fela Kuti.
EU NÃO SOU UMA FEITICEIRA (2017)
Depois de um incidente banal em sua vila, a menina de 8 anos Shula (Maggie Mulubwa) é acusada de bruxaria. Depois de um rápido julgamento, a garota se torna culpada e é levada em custódia pelo Estado, sendo exilada para um campo de bruxas no meio do deserto. No local, ela passa por uma cerimônia de iniciação em que aprende as regras da sua nova vida como bruxa. Como as outras residentes, ela é amarrada em uma grande árvore, sendo ameaçada de ser amaldiçoada e de se transformar em uma cabra caso corte a fita.
COME BACK, AFRICA (1959)
Zachariah é um camponês de origem Zulu que se muda para Joanesburgo a fim de encontrar trabalho e sustentar sua família financeiramente. Na cidade, são vários os trabalhos que o esperam, todos marcados pelo racismo desenfreado: trabalha no interior de uma mina de outro, adapta-se para trabalhar como doméstico para uma família de brancos, em um estacionamento e um restaurante exclusivo para brancos. Em seu tempo livre, se distrai com os amigos nos bares destinados aos negros, onde se discute acaloradamente a questão racial. Logo, sua esposa e seu filho juntam-se a ele no subúrbio de Sophiatown, mas a esperança logo dá espaço a uma grande tragédia. Come Back, Africa é um semi documentário apoiado por organizações negras norte-americanas, realizado ilegalmente na África do Sul no auge de sua segregação racial.

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