sábado, 21 de maio de 2011

A saga do homem-morcego


BATMAN PARA INICIANTES

Marcelo Bolshaw Gomes1

RESUMO: O presente texto apresenta e problematiza a estória de Batman, um super-herói, personagem de histórias em quadrinhos publicadas pela editora norte-americana DC Comics, criação coletiva de várias gerações escritores e desenhistas: a Era de Ouro (1940/1950); a Era de Prata (1950/1970); e Era Atual (1970/ - ), da qual se destacam aqui três estórias que mudaram a história do personagem: a série O Cavaleiro das Trevas (1986) escrito e desenhado por Frank Miller; A piada mortal (1988), texto de Alan Moore e desenhos de Brian Bolland; e Asylum Arkhaman (1990) roteiro de Grant Morrison, arte de Dave McKean. Conclui-se que Batman é uma dupla representação do inconsciente urbano atual: representa a sombra psíquica como herói-ego e a domesticação do desejo de vingança pela justiça dentro da lei em um mundo extremamente violento.

PALAVRAS-CHAVE: Estudos das Narrativas – Mitologia da Mídia – Arte sequencial (banda desenhada)

1. Introdução

Você conhecem o Batman? Claro, todo mundo pensa que conhece o Batman. Ou pensa que conhece: um super-herói que não tem superpoderes, usando apenas o intelecto, dinheiro, habilidades investigatórias e dotes físicos, sendo mestre em artes marciais, exímio estrategista e especialista em disfarces, fugas e em tecnologia de ponta em sua guerra contra o crime. Batman é o alter-ego de Bruce Wayne, milionário, playboy, empresário e filantropo que optou por combater secretamente o crime em Gotham City após o assassinato de seus pais, o médico Thomas Wayne e sua esposa Martha Wayne.

Meu primeiro contato com o homem-morcego foi um seriado dos anos 60 que passava na TV, quando eu ainda era criança. Nos episódios, no entanto, a narrativa era sempre a mesma, o que interessava eram os personagens, principalmente os diferentes vilões extravagantes, e uma farra meio circense: entrar dentro do relógio para ir para batcaverna, o batmóvel, as brigas com legendas onomatopeicas. Nessa época, seus aliados mais importantes eram Alfred Pennyworth, seu mordomo; Robin, o menino prodígio (Dick Grayson, um garoto de rua que Batman achou tentando roubar os pneus de seu batmóvel); Comissário Gordon e o sargento O'Hara, chefe e sub-chefe da polícia de Gotham que acionavam o Bat-sinal sempre que julgavam necessária a ajuda do Batman; e Barbara Gordon, filha do Comissário, a primeira Batgirl.

Depois, um pouco mais velho, comecei a ler as histórias em quadrinhos (v. Apêndice A: Histórias em Quadrinhos do Batman) e descobri que haviam vários uniformes, diferentes parceiros e até mesmo a própria personalidade do Batman sofria mudanças drásticas de estória para estória. Nas histórias mais recentes, por exemplo, Bruce Wayne é um playboy preguiçoso, sendo o Batman, com uma personalidade forte, sombria e dominante, sua verdadeira identidade. Já as versões mais antigas apresentam Wayne mais maduro e responsável, sendo Bruce a personalidade dominante. No começo da saga era o Batman que representava ser um playboy fútil, atualmente é o milionário Bruce Wayne que se disfarça de homem-morcego. Houveram mudanças no personagem, que deixou de ser um super-herói e se tornou mais humano e complexo.

Com o passar dos anos, percebi que o cara era meio problemático. Devido ao seu trauma de infância, o Batman não tem o costume de se envolver emocionalmente com ninguém. Sua desconfiança em tudo e todos o afastou até mesmo dos grandes heróis com os quais já lutou lado a lado muitas vezes, como o Superman, e isso às vezes é usado pelos vilões como um modo de isolar o Cavaleiro das Trevas. Batman também tem um bloqueio psicológico que o faz relembrar sempre do assassinato de seus pais no Beco do Crime. Além disso, Bruce teve poucos, breves e confusos relacionamentos amorosos: Selina Kile, a mulher gato, com quem Bruce teve um relacionamento conturbado, recuperava os objetos roubados mas não tentava prendê-la tinha esperança de que ela se tornasse honesta; Talia al Ghul, com quem chegou a ter um filho (Damian Wayne); e Jezebel Jet, com quem Bruce teve um relacionamento apesar de saber que ela era uma grande traidora.

Descobri ainda que existem vários robin's: Dick Grayson, o Robin original que fundou a liga dos Jovens Titãs e posteriormente tornou-se o Asa Noturna (Nightwing); Jason Todd (morto pelo Coringa e ressuscitado como o vilão Máscara Vermelha); Carrie Kelly, 'a' Robin da mini-série O Cavaleiro das Trevas; Tim Drake, o Robin que assumiu o lugar de homem-morcego após a morte Bruce Wayne; e Damian Wayne, filho do Bruce, o parceiro do novo Batman. O Coringa também aleijou com um tiro a primeira Batgirl, Barbara Gordon, que passou a andar de cadeira de rodas e a ajudar os heróis como a hacker de computadores, sob o nome de 'Oráculo'. Nas estórias recentes, Cassandra Cain passou ser a nova Batgirl.

Ou seja: embora todo mundo imagine que conhece bem o Batman, sua história completa é desconhecida da grande maioria, sendo um quebra-cabeça narrativo bastante complexo – resultante da criação coletiva de várias gerações de diversos escritores e desenhistas diferentes. Só o fato de uma narrativa de grande sucesso popular ser contada há várias décadas, revelando as perspectivas de leitores e contextos de diferentes épocas, já justifica uma pesquisa da história do Batman. Porém, o fator mais relevante para essa investigação é o grande apelo psicológico da narrativa.

2. A história de Batman

Os estudiosos em Batman dividem a história do personagem em três fases: A Era de Ouro, de sua criação2 até os anos 50; a Era de Prata dos anos 50 aos 70 e a Época Atual. No começo, Batman era um justiceiro macabro e violento, usava armas de fogo e matava seus adversários. Evoluiu, adotou o primeiro Robin e entrou para Liga da Justiça (dos super-heróis da DC Comics) nos anos 40, tornando-se conhecido por entregar os criminoso às autoridades. Nos anos 50, a dupla dinâmica contratou Alfred. Nessa época, Batman tinha um brinquedo tecnológico para cada tipo de situação. Sua máscara assim como seu traje eram à prova de balas, sua roupa e sua capa eram resistentes ao fogo. Batman ainda possui veículos dotados de equipamentos de última geração, como o batmóvel, batplano, batlancha e o batwing. Mas, a partir de 1964 (Detective Comics n. 327), Batman voltou às suas origens como detetive e lutador, deixando de lado, por duas décadas, a o estilo de 'ficção científica'.

No início da Era de Prata, a DC Comics decidiu repaginar vários de seus maiores heróis e criou o Multiverso, em que a realidade era duplicada em vários mundos paralelos (Terra 1, Terra 2, Terra 3). Assim, surgiram dois Flashes, dois Lanternas Verdes, dois Supermen e dois Batmen – com idades diferentes. O Batman da Idade do Ouro habitava na Terra 2, onde casou-se com a Mulher Gato, Selina Kyle, e tiveram uma filha, Helena Wayne, a Caçadora – que se tornou mais justiceira implacável e sim piedade. O recurso 'flexibilizou' diversas estórias dentro da história do Batman, mascarando discrepâncias e contradições.

A verdade é que o Batman ficou cada vez mais solitário e chato. Se aposentou e depois voltou à ativa. Morreu e depois surgiu novamente na Terra 1. E acho que foi por essa época que parei de ler seus gibis, só voltando a vê-lo de novo no cinema (v. Apêndice B: Batman no cinema) e, mais recentemente, nos filmes de animação e animês (v. Apêndice C: Batman em audiovisual).

Nos anos 30 e 40, os inimigos eram o Coringa, Mulher Gato (a sensual Selina Kyle), Duas Caras (o ex-promotor Harvey Dent), Pinguim (Oswald Chesterfield Cobblepot), Chapeleiro Maluco (Jervis Tetch), o Charada (Edward Nygma) e o Espantalho (Jonathan Crane). Na Idade de Prata, surgiram Sr. Frio (Victor Fries), Hera Venenosa (Dra. Pamela Lillian Isley) e Ra's Al Ghul (líder da Liga das Sombras e pai de Talia Al Ghul, uma das paixões de Batman). Nos anos 80, temos Killer Croc (Waylon Jones), o Máscara Negra (Roman Sionis) e o Ventríloquo (Arnold Wesker) e seu boneco Scarface. Bane e Harley Quinn (Harleen Quinzel) surgiram nos anos 90, e, em 2003, o Silêncio (Thomas Elliot, antigo amigo de infância de Bruce Wayne).

Embora os especialistas apontem que o começo da Época Atual com a aparição do Robin Jason Todd e o retorno do Coringa, que não aparecia nas estórias desde a Era do Ouro, agora como arqui-inimigo do Batman (como o antagonista central de sua história e não apenas de suas estórias); o grande marco de mudança do homem-morcego foi a série Batman: Ano 1, mais conhecida como The Dark Knight Returns (O Cavaleiro das Trevas, no Brasil) de Frank Miller.

O novo Batman voltou a ser um herói sombrio e violento de suas origens, um homem atormentado pela vingança e traumatizado pelo seu passado, que usa inteligência e força bruta para fazer justiça sem limites, inclusive assassinando criminosos. O certo é que nenhum outro Batman foi tão frio, obsessivo e poderoso como Miller e que o homem-morcego jamais foi o mesmo desde então, a caracterização sombria e obsessiva de O Cavaleiro das Trevas para o personagem tem dominado a maioria dos projetos de Batman sempre mesmo que com menor intensidade.

O mais importante, no entanto, é que The Dark Knight Returns transformou toda a indústria de quadrinhos. Juntamente com Watchmen, de Alan Moore e Maus, de Art Spiegelman (publicada no mesmo ano), Miller elevou as histórias em quadrinhos a um nível literário e artístico, com muitos temas adultos (especialmente situações de sexo e violência), distante no universo vigente até então dos super-heróis voltados para o entretenimento infantil. Essas histórias motivaram as empresas de quadrinhos a investir em desenhistas melhores e escritores alternativos. Personagens foram repaginados e vários recursos narrativos do cinema foram importados nas novas estórias.

Outras séries e estórias importantes sucederam e sucedem o Batman de Frank Miller. Destaca-se aqui duas, já consideradas clássicas pelos especialistas desta última fase: A piada mortal (1988), texto de Alan Moore e desenhos de Brian Bolland; e Asylum Arkhaman (1990) roteiro de Grant Morrison, arte de Dave McKean.

3. As estórias de Batman

Batman: The Killing Joke (no Brasil: Batman: A Piada Mortal) adota vários elementos narrativos do Cavaleiro das Trevas, mas com diferenças relevantes. Miller e Moore fazem de Batman uma representação heroica de nossa sombra psíquica, de nosso lado mais obscuro. Daí vem, inclusive, o nome 'Cavaleiro das Trevas'. O Coringa continua sendo o arqui-inimigo de Batman, mas em Moore é ele quem o ocupa o lugar de protagonista narrativo da estória, representando a loucura e o caos (no sentido do arcano zero do tarô), enquanto o homem-morcego é seu antagonista narrativo, representando a lei e a ordem, a racionalidade. Nessa estória, para provar que até o cidadão mais equilibrado é capaz enlouquecer, Coringa tenta enlouquecer o comissário Gordon e o próprio leitor compreende melhor o anarquismo violento do palhaço criminoso.

A irracionalidade do Coringa como tema central da narrativa de Batman reaparece na genial estória de Grant Morrison, Asylum Arkhaman (1990). O Asilo (Elisabeth) Arkham para criminosos insanos é um local fictício nas histórias em quadrinhos, desenhos animados e filmes do Batman. Trata-se de um manicômio localizado em Gotham City onde se concentram todos os vilões insanos de Batman. Os internos de Arkham – Duas-Caras (distúrbio bipolar que evolui para dupla personalidade), O Espantalho (mestre das fobias), Hera Venenosa (histérica com fixação em plantas), Chapeleiro Louco (esquizofrênico fora da realidade), Charada (maníaco e psicótico), Sr. Gelo (obsessivo compulsivo com traços autistas), chefiados pelo (psicopata) Coringa3 - tomam o asilo e exigem a presença do herói. Quando entra no asilo, Batman é conduzido numa jornada através de sua própria loucura, pois ao enfrentar aos vilões está também enfrentando aspectos seus.

Paralelamente, o leitor conhece a história do Dr. Amadeus Arkham, fundador do asilo que leva seu nome, que se dedicou à psiquiatria e à magia negra e acaba insano após o brutal assassinato de sua esposa e filha. Ele seria responsável pelo encantamento do morcego, através do qual o próprio Asilo seria uma entidade, que só poder ser quebrado por Batman chegando ao fundo de sua jornada de auto conhecimento e enfrentamento com seus inimigos. A narrativa descontínua do roteiro de Morrison e a arte excecional McKean dão a essa Grafic Novel o status de obra de arte. Apesar do sucesso da estória em quadrinhos, Asilo Arkham ainda foi filmado, mas foi adaptado para vídeo game em dois jogos lançados para Xbox 360, Playstation 3 e PC, em que o jogador guia o super-herói, passando por vários de seus inimigos, em busca do líder de uma rebelião, o Coringa.

4. Conclusão: A importância de Batman

Alan Moore diz, no documentário , que a única diferença entre a mitologia clássica e o universo das histórias em quadrinhos é que enquanto nas lendas mitológicas a estória narrada já aconteceu, nas narrativas míticas atuais elas ainda estão acontecendo. Todo mês sabemos o que está se passando com o super-herói fulano e o vilão beltrano. E o Batman está aí desde 1939. É o mais lido, o mais conhecido, o mais adaptado para outras linguagens, inclusive para vídeos games (Apêndice D: os jogos do Batman). Não seria exagero dizer que ele é o maior Mito da Mídia de construção coletiva a longo prazo, no sentido de que nenhum outro personagem ficcional do gênero alcançou seus números. Porém, há algo mais importante que sua essência e a origem de seu sucesso. O Batman é muito eficaz como representação do inconsciente urbano contemporâneo. Ele representa a sombra como herói e a domesticação do desejo de vingança pela justiça dentro da lei em um mundo extremamente violento.

APENDICE A: ESTÓRIAS EM QUADRINHOS DE BATMAN

Séries norte americanas

O personagem Batman teve a sua estreia em Detective Comics #27, publicado em Maio de 1939. O herói tornou-se tão popular que ganhou o seu próprio título mensal, tendo a sua primeira edição lançada em 25 de Abril de 1940. O título começou com a periodicidade de uma edição a cada quatro meses, e posteriormente a cada dois meses durante a década de 50, e finalmente chegando até os dias atuais de forma mensal. A série atingiu em Junho de 2006 a edição #654, e vêm sendo publicada até dos dias atuais.

Para consultar a relação completa e atualizada de revistas do Batman por categoria e ordem cronológica em inglês, acesse o link: <http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Batman_comics >.

Publicações Brasileiras

Série da editora Ebal

Primeira Série (1953-1961) A Ebal inicia o primeiro título solo do Batman em Março de 1953, embora publicasse o personagem em títulos mais antigos, tais como O Lobinho (onde o personagem estreou no Brasil, na edição número 07, em Novembro de 1940). A série era publicada em formato americano, em preto-e-branco, e teve a numeração interrompida no número 100, em Junho de 1961.

Segunda Série (1961-1969) Seguindo uma das políticas editoriais da EBAL, o título do Batman teve a numeração reiniciada (de modo geral, a numeração voltava ao número 1 logo após a edição 100 dos títulos mensais), tendo a sua primeira edição lançada em Julho de 1961. A série continuou a ser publicada mensalmente nos mesmos moldes da série anterior, até chegar à centésima edição, em Outubro de 1969.

Terceira Série (1969-1977) Essa série teve a sua primeira edição lançada logo após o fim da outra, em Novembro de 1969. A série continuou a ser publicada mensalmente em preto-e-branco e com formato americano, mas, ao contrário das duas séries anteriores, essa teve a sua numeração interrompida na edição de número 89, em Março de 1977.

Quarta Série (1977-1979) A última série do homem-morcego pela EBAL teve o seu primeiro número lançado em Abril de 1977. Durante essa época, o mercado de HQs estava com sérias quedas nas vendas, principalmente na Década de 70 [1]. A sua última edição foi a número 17, publicada em Dezembro de 1979.

Série Formatinho (1976-1983) Embora pudesse ser considerada uma Quarta Série do Batman pela EBAL, essa série (que começou a ser publicada paralelamente com a terceira, e também com a Quarta) é mais conhecida como "Série Formatinho" [2], por conta do formato diferente das demais séries (nessa época, a editora passou a publicar boa parte de seus títulos nesse formato, com exceção das edições especiais de luxo). Ela teve a sua primeira edição lançada em Junho de 1976 (quando a terceira série estava na edição 80), e terminou de forma definitiva com os títulos do Batman no número 70, em Outubro de 1983 (mês em que foram publicadas as últimas edições dos super-heróis da DC Comics pela EBAL).

Série da editora Abril

Primeira série (1984-1985) Ao iniciar as publicações da linha DC Comics, a Abril lançou essa série, em Julho de 1984, com diversos outros personagens que dividiam o espaço da publicação. Teve poucas edições lançadas antes de seu cancelamento, já no ano seguinte, com 10 edições publicadas. a minissérie Camelot 3000 teve seus primeiros números publicados nessa revista.

Segunda série (1987-1988) Após o lançamento da histórica minissérie O Cavaleiro das Trevas, Batman ganhou uma segunda série no Brasil (que teve o primeiro número lançado em Setembro de 1987, com 84 páginas e formatinho. Entre outros eventos, essa série mostra Dick Grayson deixando de ser Robin, e a estreia de Jason Todd (o segundo Robin), em sua versão Pós Crise nas Infinitas Terras. Apesar de ter tido mais edições que o anterior, este também foi cancelado com pouco mais de um ano de publicação, no número 16, em Dezembro de 1988.

Terceira série (1990-1992) Essa nova tentativa veio durante a enorme repercussão do primeiro filme do Batman nas telas do cinema. Contando com o formato americano e 52 páginas, o título publicava histórias do escritor Alan Grant (que escrevia o título Detective Comics na época) e de Marv Wolfman (que escrevia Batman). O título mostrou as repercussões do surgimento do terceiro Robin (que estreou no título Os Novos Titãs, que também estava sendo escrito por Marv Wolfman). Com mais de dois anos de publicação, a revista iniciou-se na edição # 00 (publicada como um encarte em Superalmanaque DC # 01, em Janeiro de 1990), tendo sua última edição no # 29 (em Julho de 1992).

Quarta série (1994-1996) Durante a época de mega-eventos nos anos 90, o Batman teve a sua Queda, e a editora lançou novamente uma série. Antes dessa ser lançada, Batman já era publicado em Batman e Liga da Justiça. Dessa vez, a série teve uma sobrevida bem maior, tendo sido cancelada por conta da saga chamada Zero hora, no número 19, logo após o fim da Queda do Morcego.

Quinta série (1996-2000) Logo após Zero Hora, Batman foi lançado a partir do #00 (juntamente com Batman: Vigilantes de Gotham), mostrando diversos eventos e mudanças, até o número 45, em plena saga Terra de Ninguém.

Sexta série (2000-2002) Essa nova série (chamada Super-heróis Premium) se inicia com formato americano, 160 páginas e papel de qualidade, assim como os demais títulos da Abril na época. Essa série durou 23 edições.

Sétima série (2002-2002) Nessa última série, que foi parte da linha chamada Planeta DC, as histórias eram quinzenais, com 52 páginas e em formatinho. A tentativa não obteve mutis resultados, tendo durado apenas 5 números, encerrando assim mais de duas décadas de publicações da Editora Abril no setor de Super-heróis.

Série da editora Panini

Primeira série (2002-presente)A série mais recente do Batman está sendo publicada pela Editora Panini, e atingiu, recentemente, a marca da 100ª edição em abril de 2011.




APENDICE B: BATMAN NO CINEMA

O Morcego (The Batman) - 1943: Diretor: Lambert Hillyer / Elenco: Lewis Wilson (Batman/Bruce Wayne), Douglas Croft (Robin/Dick Grayson), J. Carrol Naish (Dr. Daka), William Austin (Alfred), Shirley Paterson (Linda), Charles C. Wilson (Capitão Arnold) e Charles Middleton (Ken Colton)

A Volta do Batman (Batman and Robin) - 1949: Diretor: Spencer Bennet / Elenco: Robert Lowery (Batman/Bruce Wayne), John Duncan (Robin/Dick Grayson), Jane Adams (Vicki Vale), Lyle Talbot (Jim Gordon), Don Harvey (Nolan) e William Fawcett (Prof. Hammil)

Batman: O Homem Morcego (Batman - The Movie) - 1966: Diretor: Leslie H. Martinson / Elenco: Adam West (Batman/Bruce Wayne), Burt Ward (Robin/Dick Grayson), Lee Meriwether (Mulher-Gato), Cesar Romero (Coringa), Burgess Meredith (Pingüim) e Frank Gorshin (Charada)

Batman (Batman) - 1989: Diretor: Tim Burton / Elenco: Michael Keaton (Batman/Bruce Wayne), Jack Nicholson (Coringa), Kim Basinger (Vicki Vale), Michael Gough (Alfred Pennyworth) e Pat Hingle (Jim Gordon) e Billy Dee Williams (Harvey Dent)

Batman: O Retorno (Batman Returns) - 1992: Diretor: Tim Burton / Elenco: Michael Keaton (Batman/Bruce Wayne), Danny DeVito (Pingüim), Michelle Pfeiffer (Mulher-Gato), Michael Gough (Alfred Pennyworth) e Pat Hingle (Jim Gordon)

Batman Eternamente (Batman Forever) - 1995: Diretor: Joel Schumacher / Elenco: Val Kilmer (Batman/Bruce Wayne), Chris O'Donnell (Dick Grayson/Robin), Tommy Lee Jones (Duas-Caras), Jim Carrey (Charada), Nicole Kidman (Dra. Chase Meriddian), Michael Gough (Alfred Pennyworth) e Pat Hingle (Jim Gordon)

Batman & Robin (Batman & Robin) - 1997: Diretor: Joel Schumacher / Elenco: George Clooney (Batman/Bruce Wayne), Chris O'Donnell (Dick Grayson/Robin), Alicia Silverstone (Barbara Wilson/Batgirl), Arnold Schwarzenegger (Sr. Frio), Uma Thurman (Hera Venenosa), Jeep Swanson (Bane), Michael Gough (Alfred Pennyworth) e Pat Hingle (Jim Gordon)

Batman Begins (Batman Begins) - 2005: Diretor: Christopher Nolan / Elenco: Christian Bale (Batman/Bruce Wayne), Michael Caine (Alfred Pennyworth), Cillian Murphy (Espantalho), Liam Neeson (Ra's Al Ghul), Ken Watanabe (Henry Ducard), Gary Oldman (Jim Gordon), Katie Holmes (Rachel Dawes), Tom Wilkinson (Carmine Falcone) e Morgan Freeman (Lucius Fox)

Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight) - 2008: Diretor: Christopher Nolan / Elenco: Christian Bale (Batman/Bruce Wayne), Michael Caine (Alfred Pennyworth), Heath Ledger (Coringa), Aaron Eckhart (Duas-Caras/Harvey Dent), Gary Oldman (Jim Gordon), Maggie Gyllenhaal (Rachel Dawes), e Morgan Freeman (Lucius Fox)

The Dark Knight Rises - 2012: Diretor: Christopher Nolan / Elenco: Christian Bale (Batman/Bruce Wayne), Michael Caine (Alfred Pennyworth), Anne Hathaway (Mulher-Gato), Tom Hardy (Bane), Gary Oldman (Jim Gordon), Morgan Freeman (Lucius Fox); Joseph Gordon-Levitt, Marion Cotillard e Juno Temple também estão no elenco, porém sem personagens definidos.

APENDICE C: BATMAN AUDIOVISUAL

Televisão

De 1966 a 1968, Batman anos 1960, uma série com a estrela Adam West como Batman e Burt Ward como Robin. Direção e Produção William Dozier. No Brasil, foi exibida nos anos 60 pela Globo e mais tarde re-exibida pelo SBT e depois pelos canais a cabo Fox, FX e mais recentemente pelo TCM (Turner Classic Movies).

Desenho animado

Anos 1960 - The Batman/Superman Hour

Anos 1970 – Superamigos; The New Adventures Of Batman; The New Scooby-Doo Movies (participação especial).

Anos 1980 - Super Powers: Galactic Guardians

Anos 1990 - Batman: The Animated Series; The New Batman Adventures.

Século XXI - Batman Beyond (Batman do Futuro); Liga da Justiça; The Batman; Batman: The Brave and the Bold (Batman: Os Bravos e Destemidos)

Anime (Batman: Gotham Knights)

2008 - Batman: Have I Got A Story For You; Batman: Crossfire; Batman: Field Test; Batman: In Darkness Dwells; Batman: Working Through Pain; Batman: Dead Shot.

APENDICE D: VÍDEOS GAMES

Batman para Amstrad PCW, 1985.

Batman: The Caped Crusader para várias plataformas de 8-bits e 16-bits

Batman para Sega Mega Drive, NES, Atari Lynx, Commodore Amiga, ZX Spectrum, Game Boy e PC.

Batman: Return of the Joker para NES e Game Boy.

Batman Returns para NES, Super NES, Mega Drive, Sega CD, Sega Game Gear, and Lynx.

Batman: The Animated Series para Game Boy e Game Gear.

The Adventures of Batman & Robin para Super NES, Mega Drive, Sega CD, e Game Gear.

Batman Forever para Super NES, Game Boy, Sega Mega Drive, e Sega Game Gear.

Batman Forever: The Arcade Game para Arcade, PlayStation e Sega Saturn.

Batman & Robin para PlayStation.

Batman: Total Chaos para Game Boy Color.

Batman Beyond: Return of the Joker para Nintendo 64 e PlayStation.

Batman: Vengeance para GameCube, PlayStation 2, PC, Xbox, Game Boy Advance e Microsoft Windows.

Batman: Rise of Sin Tzu para PlayStation 2, Xbox, GameCube e Game Boy Advance.

Batman: Dark Tomorrow para PlayStation 2 (cancelado), Xbox, e GameCube.

Batman Begins para PlayStation 2, Xbox, GameCube e Game Boy Advance.

Lego Batman: The Video Game Para Wii, Nintendo DS, Playstation 3, Xbox 360, Playstation 2, Microsoft Windows e PlayStation Portable.

The Dark Knight (cancelado) Para PlayStation 3 e Xbox 360.

Batman: Arkham Asylum para PlayStation 3, Xbox 360 e Microsoft Windows

Batman: Arkham City para PlayStation 3, Xbox 360 e Microsoft Windows







1Possui graduação em Comunicação Social - Jornalismo pela Faculdade de Comunicação e Turismo Helio Alonso (1984), mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1998), especialista em Marketing político e persuasão eleitoral (2003, PUC/RS) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ministrando a disciplina Sociologia da Comunicação nos cursos de radialismo e publicidade e a disciplina Política e Comunicação Midiática no mestrado de Estudos da Mídia. Sua dissertação de mestrado sobre teoria da interpretação ou hermenêutica (publicada ano passado – ver abaixo) foi orientada pela Doutora Maria da Conceição Almeida no âmbito do Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM), que estuda o pensamento complexo de Edgar Morin, Umberto Maturana e Henri Atlan. E sua tese de doutorado, sobre a Imagem Pública de Lula nas quatro primeiro eleições presidenciais, ancora-se no pensamento de Michel Foucault (pois é uma análise discursiva do horário eleitoral), Anthony Giddens (autor sem o qual é impossível entender a política contemporânea) e John B. Thompson (que forneceu o referencial teórico e metodológico dentro do universo da comunicação social). Trabalha agora com interesse voltado para o estudo das narrativas (Greimas, Josph Campbell, Paul Ricouer) - através do projeto de pesquisa Discurso Político, Teatro e Retórica da Mídia - uma investigação política entre a arte dramática e a ciência social - e para estudo da arte da sequencial, sendo coordenador do NEAHQ, Núcleo de Estudos sobre Animação e Histórias em Quadrinhos (grupo de extensão).

2Batman surgiu pela primeira vez no número 27 do comic book da Detective Comics numa história chamada de "O estranho caso do sindicato químico", National Publications, maio de 1939. O personagem é uma criação de Frank Foster e Bob Kane, desenvolvida significativamente pelo escritor Bill Finger.

3O Pinguim e Mulher Gato não são e nunca foram internos e são casos a parte, uma vez que não são considerados loucos, sendo sentenciados a penitenciárias normais. Alguns outros vilões insanos do Universo DC também estão no asilo, que não tem conexão direta com Batman, como é o caso do Doutor Destino, que é um vilão da Liga da Justiça, e do Pirata Psíquico, inimigo da Sociedade da Justiça.

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