quinta-feira, 14 de maio de 2020

falso herói



Sérgio Moro autorizou e vazou uma escuta telefônica ilegal entre a presidenta Dilma e Lula. Também mandou prender o ex-presidente em conduta coercitiva sem notifica-lo e combinou com a Rede Globo para que a televisão transmitisse a prisão ao vivo em rede nacional.

Moro condenou o principal nome à disputa presidencial em um processo com provas materiais forjadas (o apartamento e o sítio) e com provas testemunhais, feitas pelos corruptores ativos contra os corrompidos passivos – o que equivale a condenar viciados através da delação dos traficantes. Muitos especialistas em direito, inclusive analistas internacionais, criticaram o processo e sua sentença. Moro nunca deu nenhuma resposta a essas críticas.

Com a prisão de Lula, Moro garantiu a eleição de Bolsonaro.

O juiz federal e o tribunal de segunda instância passaram por cima de todos prazos regimentais – uma condenação em ‘tempo recorde’. Mas nunca teve tempo para jugar os casos da Lava Jato do Paraná contra o PSDB, partido com que tinha relações familiares. Só teve tempo para inviabilizar o depoimento da principal testemunha do processo. Quando estava de férias em Portugal também conseguiu algum tempo, em domingo, para impedir a libertação de Lula por um juiz interino que estava de plantão.

Moro conversou sobre vir a ser ministro da justiça de Bolsonaro ainda durante a campanha de 2018, conforme a imprensa e o próprio presidente. Tal fato fere frontalmente o código penal brasileiro, no artigo 317: “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa.”

Agora, o presidente afirma (e o ministro nega) o compromisso de indicação para o Supremo Tribunal Federal – possivelmente em troca da utilização do Ministério da Justiça para abafar os crimes milicianos de seus filhos.

Sérgio Moro chegou a ser retratado como um herói na luta contra corrupção.

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