Para o pensamento sistêmico não
existe o ante sistêmico. Não há vida alternativa, nem grupo independente. Tudo nesse
universo é interdependente e integrado. Não existe o ‘contra hegemônico’, tudo
é poder. Aliás, Gramsci nunca falou de contra hegemonia. Esse termo foi criado
por Raymound Willians e desenvolvido por Stuart Hall.
O contra hegemônico é a
inveja do poder do outro, é uma manipulação de auto empoderamento. O poder não
é um objeto que possa ser tomado de uma classe ou de um grupo político, é um
dispositivo que toma a alma dos insatisfeitos. A contra hegemonia é um espaço
de formação de novas elites, um lugar onde o poder planeja suas reformas, uma
“heterotopia sistêmica”.
Quando o funcionalismo pensou que
os sistemas tendiam para homeostase, então, havia o disfuncional. Mas veio a
cibernética é viu que os sistemas tendiam à entropia e que os sistemas são
formas de resistência ao caos. Luhmann observou que os sistemas criam sub
sistemas para se observar. E a comunicação é uma troca sistêmica.
O corpo é um suporte do poder. A
única forma de resistência ao poder é a consciência. O sujeito não está no
sistema. Essa é a conclusão a que Foucault chega após a crítica de Baudrilard.
O poder é formado por três tipos
de estratégias: dominação, sedução e subversão. A dominação é exercida pelos
pastores do rebanho, os gestores do capital do grupo (o excedente da soma das
partes que excede o todo). A sedução é a estratégia das ovelhas submissas, das
massas passivas e do espírito de manada. E a subversão é a estratégia dos
lobos, representantes do inconsciente grupal (o inibido das partes na
constituição do todo). O poder é uma estrutura formada por essas três vontades:
coagir, seduzir e expressar.
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