segunda-feira, 24 de junho de 2019

consciência ante sistema



Para o pensamento sistêmico não existe o ante sistêmico. Não há vida alternativa, nem grupo independente. Tudo nesse universo é interdependente e integrado. Não existe o ‘contra hegemônico’, tudo é poder. Aliás, Gramsci nunca falou de contra hegemonia. Esse termo foi criado por Raymound Willians e desenvolvido por Stuart Hall. 

O contra hegemônico é a inveja do poder do outro, é uma manipulação de auto empoderamento. O poder não é um objeto que possa ser tomado de uma classe ou de um grupo político, é um dispositivo que toma a alma dos insatisfeitos. A contra hegemonia é um espaço de formação de novas elites, um lugar onde o poder planeja suas reformas, uma “heterotopia sistêmica”.

Quando o funcionalismo pensou que os sistemas tendiam para homeostase, então, havia o disfuncional. Mas veio a cibernética é viu que os sistemas tendiam à entropia e que os sistemas são formas de resistência ao caos. Luhmann observou que os sistemas criam sub sistemas para se observar. E a comunicação é uma troca sistêmica.

O corpo é um suporte do poder. A única forma de resistência ao poder é a consciência. O sujeito não está no sistema. Essa é a conclusão a que Foucault chega após a crítica de Baudrilard.

O poder é formado por três tipos de estratégias: dominação, sedução e subversão. A dominação é exercida pelos pastores do rebanho, os gestores do capital do grupo (o excedente da soma das partes que excede o todo). A sedução é a estratégia das ovelhas submissas, das massas passivas e do espírito de manada. E a subversão é a estratégia dos lobos, representantes do inconsciente grupal (o inibido das partes na constituição do todo). O poder é uma estrutura formada por essas três vontades: coagir, seduzir e expressar.

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