Foi o próprio Ifá que pediu a Orunmila para criar Ikur (a morte). Nessa época, ninguém morria e ninguém nascia. E tudo ficava sempre na mesma, nada mudava.
Orunmila atendeu ao senhor do Destino e criou a morte. Durante muitos anos, o mundo se desenvolveu a contendo, com as pessoas aproveitando seu tempo para aprender e se tornar melhor. Ifá, então, consagrou-se como grande adivinho. A todos ajudava a alongar seus destinos, evitando infortúnios e perdas. A Morte, no entanto, se chateou com o fato.
- “Mortes fáceis tornam-se complexas e delicadas devidos aos conselhos desse adivinho” - reclamava Ikur, acrescentando: - “minha vida seria mais fácil sem a vida dele”.
Até que certo dia, a morte perdeu a paciência- “Fui criado apenas para empoderar esse vaidoso” - e se transformou em um homem para matar Ifá. O adivinho, no entanto, viu tudo no oráculo e fugiu, se escondendo em várias partes da África.
Durante a fuga, Ifá conhece Ewá, filha de Nana e Oxalá, e pede sua ajuda. Ewá esconde Ifá em sua saia e em seguida surge a morte perguntando pelo adivinho. Ewá então diz que não o viu e Ikur vai embora. Durante o tempo que ficou escondido na saia, Ifá fecundou Ewá de gêmeos. Após, algum tempo depois nasceram os ibeji, frutos da morte enganada.
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