A ONDA, A SEITA E A BOLHA IDENTITÁRIA
A retribalização pós-moderna dos grupos
Marcelo
Bolshaw Gomes[1]
Resumo: Como indica o título, o texto discute três temas
correlatos: o filme a Onda (2008), o conceito de Seita em psicologia social e a
noção de Bolha, resultado da retribalização pós-modernas dos grupos nas redes
sociais. O objetivo é comparar os três temas mostrando sua inter-relação e o
método, a pesquisa crítica bibliográfica e documental. O resultado é que as
atuais bolhas virtuais têm as mesmas características simbólicas das antigas
seitas presenciais.
Palavras-chave: Cinema1; Psicologia de Seita2; Retribalização pós-moderna3;
1.
Introdução
Marshall Mcluhan (1972) definiu
evolução da comunicação humana pode ser dividida em três fases: a tribalização
(a comunicação oral), a destribalização (a comunicação escrita) e a retribalização
(comunicação eletrônica). E essa ideia foi adaptada de diferentes formas. Vilém
Flusser, enfatizando a representação do tempo, fala de pré-história (a
simultaneidade cíclica), de tempo histórico (a continuidade linear) e de pós-história
(simultaneidade contínua). Pierre Levy (1995) prefere “tecnologias da
inteligência” e os modelos de interação: um-um (interlocutores em um único
contexto presencial); um-muitos (o panóptico); e muitos-muitos (redes ou
rizoma).
Entre os que enfatizam a organização
como fator, como Maffesolli (1987) e Lemos (2007), no entanto, a ideia de
retribalização pós-moderna ainda era profética e dependia da desfragmentação da
cultura de massas. Pensavam em uma sociedade ainda no estágio histórico e
convencional (a democracia representativa, o governo das regras escritas)
caminhando para, através do desenvolvimento dos meios de comunicação
audiovisuais, um regime pós convencional de cognição coletiva descentralizada
(a sociedade retribalizada das redes e comunidades virtuais).
Mas ninguém esperava por um tsunami
de seitas pentecostais, comunidades quilombolas, milícias digitais de direita e
movimentos sociais aparelhados de esquerda. Além disso, com a segmentação
interativa do mercado consumidor em nichos surgiram as bolhas virtuais. As
bolhas não apenas deturpam as informações correntes, mas também produzem
informações inverídicas com base em sua ideologia, se comportando de forma a
impedir o debate democrático.
Hoje, os marqueteiros e web designers
acreditam que as bolhas são tribos artificiais, criadas pelas redes sociais e
que retroalimentam preferências de consumo. Porém, em uma perspectiva
sociológico, é a bolha é uma representação de tendências sociais e históricas reais.
A bolha é apenas uma representação virtual de grupos já existem e seus
mecanismos de constituição são semelhantes aos de formação de coletivos menores
que negam a vida democrática.
E aqui entra nosso primeiro tema.
2.
A Onda
A onda (2008)[2]
é um filme ficcional alemão que conta uma história real: o experimento social
da Terceira Onda, realizado pelo professor de história Ron Jones nos anos 70 em
Palo Alto, EUA. No filme, o professor colegial Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é
indicado para ministrar um curso sobre autarquia (e não de anarquismo, como
estava acostumado). Para demonstrar a seus alunos (que não acreditavam na
possibilidade da Alemanha moderna voltar a ser nazista), Rainer propõem um
experimento para mostrar como fácil é manipular as massas.
O professor, então, exige ser tratado
por "Herr Wenger", muda as carteiras de lugar, colocando todos de
frente para ele e posicionando os alunos segundo suas notas, de modo que cada
dupla seja formado por um estudante com notas ruins e outro com notas boas. A
ideia é que uns aprendam com os outros. Além disso, todo aluno que quiser fazer
alguma colocação deverá levantar a mão e se expressar de forma militar. Para empoderar coletivamente os alunos, Rainer
faz uma marcha sem sair do lugar fazendo com que se sintam parte de uma única
entidade, incomodando a turma de anarquismo, que está na sala a baixo da deles.
Continuando o experimento, Rainer
então sugere que todos os alunos do grupo devem vestir uma camisa branca e
calças jeans, para que não haja mais distinções entre os alunos. Mona (Amelie
Kiefer), uma aluna relutante a fazer parte da proposta, diz que usar uniformes
vai acabar com a individualidade de cada um (e mais tarde troca de turma e
passa a integrar a classe de anarquismo). Outra aluna, Karo (Jennifer Ulrich)
vai à aula do dia seguinte e descobre ser a única a não aderir ao uniforme.
Após uma rápida eleição, o nome
"A Onda" (Die Welle) é
escolhido. Além do nome, o grupo cria uma forma de saudação, que consiste em
imitar o movimento de uma onda com o braço direito em frente ao peito. Criam
também um símbolo, que é pichado por toda a cidade, inclusive na fachada do
prédio da prefeitura. Além disso, o grupo promove festas onde só membros do
grupo podem entrar, e alguns começam a hostilizar os não-iniciados.
A união do grupo altera o
comportamento de vários integrantes. Bomber (Maximilian Vollmar) é um badboy valentão
que passa de assediador a protetor de seu colega Tim (Frederick Lau). Tim é um
dos que mais envolvidos, pois pela primeira vez ele se sente aceito em um
grupo. Ele queima todas as suas roupas de marca e mais tarde aparece na casa de
Rainer, oferecendo-se para ser seu segurança. Apesar do professor recusar, o
rapaz dorme no quintal de sua casa. Sua esposa, Anke (Christiane Paul), também
uma professora da escola, acredita que a situação já foi longe demais e pede
para Rainer encerre o experimento. Ele, no entanto, a acusa de estar com inveja
por ele estar fazendo mais sucesso com os alunos do que ela. Ofendida, ela o
abandona.
Em virtude de uma briga generalizada
durante o jogo de polo aquático, Marco (Max Riemelt), briga com a namorada Karo
e a acusa de ter causado a briga que levou ao cancelamento da partida. Durante
o desentendimento, Marco bate em Karo e a faz sangrar. Percebendo o que fez,
ele vai até a casa de Rainer, onde pede que ele acabe com o movimento. Rainer
então convoca uma assembleia com todos os membros no auditório da escola. No
encontro, Rainer fecha as portas e discursa para os alunos, exaltando a atuação
da seita e enaltecendo suas chances mudar a Alemanha. Marco protesta e Rainer o
acusa de trair a confiança do grupo, pedindo que o tragam para o palco para ser
punido. Rainer então faz os alunos perceberem o quão longe foram e como estavam
sendo manipulados.
Inesperadamente, no entanto, Rainer decreta
o fim do experimento, afirmando que provou seu argumento principal: de que a
Alemanha pode voltar a se tornar um regime autoritário, mas Tim saca um
revólver, se recusa a aceitar que a seita acabe com medo de voltar a ser
sozinho e atira em sua própria boca. O filme termina com Rainer sendo levado preso
pela polícia, enquanto os alunos, seus pais e os professores (incluindo sua
esposa) o observam.
O filme retrata fielmente o processo
de formação de uma Seita. Uma história real, não apenas em relação ao
experimento escolar de Palo Alto, mas também de vários outros grupos que se
radicalizam em torno da construção de uma identidade coletiva, nos fazendo
pensar sobre como abrimos mão da individualidade em troca da aceitação.
A seita nos aceita e nós acabamos aceitando a seita.
3.
Teoria da Seita
A Seita é ‘uma manada que se destaca do rebanho’,
incluindo a maioria e excluindo alguns como “bodes expiatórios”,
despersonalizando os indivíduos em nome de uma identidade coletiva e de um
líder carismático. Há seitas religiosas, políticas e com temas culturais
específicos. Uma igreja dissidente, uma tendência de partido político, uma parte
da torcida esportiva podem degenerar para o fanatismo identitário e se tornar
uma seita.
As duas principais
características das seitas são: a liderança carismática-autoritária e as
crenças exclusivistas (as seitas frequentemente afirmam uma verdade singular
que as diferencia do resto da sociedade).
Há crenças explícitas e implícitas. Uma seita
budista declara a crença nas quatro nobres verdades e na senda óctupla, mas
suas crenças não declaradas (a impermanência, o “grande vazio”, a não
existência do eu) é que vão diferenciar sua identidade. Da mesma forma, poucos
adeptos da Biodanza leem Rolando Toro, mas todos acreditam que a prática é
capaz de “dissolver suas couraças”. A Bíblia e o Capital de Marx são livros
muito pouco lidos, mas muitos acreditam em vencer na vida pagando dízimo ou que
a revolução é uma fatalidade histórica. “Vestir a camisa” da Seita é abraçar
suas crenças não declaradas e até inconscientes. As crenças explícitas são
apenas para propaganda externa.
Outras duas
características secundárias importantes são o isolamento físico e psicológico dos
membros (da família e dos amigos que não participam da Seita) e o controle
rígido sobre comportamento, pensamento e até emoções, popularmente chamado de
“lavagem cerebral”.
Deste
último ponto, é possível também destacar alguns elementos simbólicos
importantes: os rituais (iniciações e celebrações) e as várias práticas
distintivas: o acolhimento afetivo como tática de recrutamento; a culpa e a
cobrança de gratidão como forma de manipulação permanente; e a visão dicotômica
do mundo dividido entre "nós" e "eles" (ZAGO, 2022) [3].
No entanto, a característica mais
visível é a exploração econômica dos membros. Em muitos casos, há demandas por
tempo, dinheiro ou trabalho excessivo em benefício do grupo e do líder, às
vezes sob a justificativa de um propósito maior. Na linguagem cotidiana,
"seita" muitas vezes carrega um tom pejorativo, associado a grupos
manipuladores que exploram seguidores emocionalmente, financeiramente ou até
fisicamente. A exploração, muitas vezes voluntária dos adeptos, leva a todo
tipo de abuso moral, sexual e a um regime de trabalho próximo ao da servidão.
Essas características (vistas no seu
conjunto) variam em intensidade e nem todas estão presentes em todos os grupos
chamados de seitas.
Resumindo: pela lógica
tribalização/destribalização/retribalização de McLuhan, o ‘bando’ é
pré-histórico; o grupo de indivíduos regrados e disciplinados corresponde ao
aspecto convencional da modernidade; e a Bolha é a tribo virtual. Ser um indivíduo
é uma conquista da modernidade e a Seita é um passo atrás, um retorno ao bando.
4.
Amor e ódio
O filme A Onda tem pelo menos duas contribuições importantes para uma
teoria da Seita: 1) minimiza o sistema de crenças explícito, a ideologia, como
fator de radicalização do processo de formação da identidade coletiva da Seita;
e 2) também minimiza a importância à exploração econômica da servidão
voluntária dos membros aos líderes e à organização.
Assim, o filme não considera
relevante justamente as duas características mais visíveis ao senso comum. Ao
invés de enfatizar a exploração, há referências ao empoderamento pessoal
resultante do trabalho coletivo, em que o resultado conjunto é superior à soma
das capacidades individuais graças ao papel do líder, gerente do capital
grupal. Já em relação às crenças inconscientes, destaca-se o papel do “bode
expiatório”, do inimigo externo ou do traidor. Aqui, ao contrário da situação
anterior, o resultado é menor que a soma das partes, pois são inibidos e
represados emoções, instintos e sentimentos. Assim, mais do que lucro ou
ideias, o importante é que haja um objeto de ódio para ser detestado e um
objeto de culto para ser amado.
Nessa perspectiva, os grupos operam em dois
regimes distintos: o diurno ou do grupo de trabalho (e de cooperação
consciente) e o regime noturno da emergência dos “pressupostos básicos” do
inconsciente arcaico estabelecendo sentimentos comuns aos indivíduos do grupo.
“Pressupostos
Básicos” (BION, 1975) são padrões de comportamento coletivo – situações
emocionais arcaicas – que tendem a evitar a frustração inerente à aprendizagem
por experiência, quando esta implica em dor, esforço ou sofrimento.
Bion
identifica três tipos: dependência; acasalamento; e ataque e defesa diante do
inimigo. No pressuposto de dependência, o sentimento de proteção e de adoração
em relação aos líderes ou às divindades é representado pela relação autocrática
do professor com os alunos em sala de aula. O pressuposto do acasalamento
aparece nas festas e no sentimento de esperança no futuro da comunidade. E, no pressuposto de ataque e fuga diante do
inimigo, os sentimentos de medo e de raiva, são utilizados para constituição de
objetos de ódios e para formar uma unidade coesa no grupo.
Entre
os objetos de ódio, a configuração grupal arcaica mais importante é comumente
chamada de ‘bode expiatório’. É a “lata de lixo” emocional do grupo, em vários
níveis de intensidade. O mais leve é o ‘ajuste de conduta’ quando todos do
grupo debocham de um elemento em relação a algo em particular.
Porém,
quando o indivíduo não se enquadra no comportamento do grupo começa um segundo
nível de ódio, em que, ao invés de forçar a inclusão da diferença pela
adequação, deseja excluí-la. É a ‘produção do transgressor’. O complexo de bode
expiatório chega ao seu ápice, o terceiro estágio, quando o grupo decide culpar
o transgressor de todas as adversidades pelas quais os outros elementos do
grupo passam e, então, o sacrificam para se purificarem de seus erros. E isso
acontece muito mais corriqueiramente do que se imagina.
Outra
contribuição preciosa do filme é que a formação da ‘Onda’ oscila entre a Equipe
(os aspectos positivos) e a Gangue, quando a Seita comete crimes, como acontece
nas cenas da torcida organizada no jogo de polo aquático – e, em uma oitava
maior, durante toda narrativa.
A Equipe
(Goffman, 2021[4]) está
ligada a alguma forma de performance coletiva (jogo, arte, trabalho), seus integrantes
desenvolvam certas habilidades psicológicas e competências subjetivas (além da
excelência das qualidades técnicas e artísticas), tais como: afinidade
emocional, capacidade de sincronia intuitiva, criatividade coletiva, improviso
em conjunto, tolerância com erros secundários e gentileza nas correções
necessárias. Essas mesmas habilidades também são necessárias para a produção
colaborativa em rede que envolvem vários tipos de artistas e técnicos.
A diferença entre o ‘grupo’
e a ‘equipe’ é que a última ultrapassa a soma das habilidades de seus
integrantes através da inteligência coletiva, da capacidade de interagir
criativamente em conjunto. Tanto a Gangue quanto a Equipe partilham da cumplicidade emocional das Seitas.
A lealdade emocional acima das regras, apesar de antidemocrática e
antirrepublicana, é o cimento da sociabilidade. A diferença da Equipe em
relação à Seita e à Gangue é o papel da família, das amizades e da comunidade.
Na equipe, a lealdade não implica no abandono das relações familiares e de
amizade.
A
comunidade é uma estrutura formada a partir da cooperação entre famílias. Não
se deve confundi-la com a horda ou com rebanho. Ao contrário, a família tem
interesses próprios e entra em oposição com a estrutura centralizadora e
desigual da seita. A comunidade provavelmente surgiu da institucionalização
sedentária da defesa dos interesses das crianças, mulheres e dos idosos em
relação aos objetivos nômades do rebanho. Então, desde o começo da
sociabilização existiu um conflito estrutural entre a família e os grupos formados
por participação voluntária.
5.
A bolha identitária
Na visão técnica, a bolha é “o resultado
da algoritmização da sociabilidade online, ela nada mais é do que grupos de
indivíduos se retroalimentando de ideias e convicções” (Pariser, 2012, 98).
Há dois tipos de bolha: a Bolha Informacional (formada a
partir do algoritmo de consumo e das restrições regionais) e a Bolha
Ideológica, polarizada pela valorização dos objetos de ódio. A direita odeia os imigrantes, os bandidos e o
estado corrupto; a esquerda odeia o luxo, a polícia, os burgueses. Ambos
cultuando líderes populistas e valores simétricos.
Acrescentamos um terceiro tipo, ou melhor, um
terceiro estágio de fanatização: a Bolha Identitária. Imagine-nos uma cidade
com dois bairros de trabalhadores vizinhos. Em um bairro, há mais católicos e
no outro, mais protestantes. Então, o algorítmico datifica os dados e passa a
considerar esses dados em duas bolhas informacionais. Então, chegam as eleições
e cada comunidade adota um lado, polarizando-as. Temos agora as bolhas
ideológicas. Com o passar do tempo, as diferenças se tornam parte da identidade
dos bairros, que passam a torcer por times rivais e ostentam símbolos próprios.
Essa, então, é uma bolha identitária.
A Bolha
é apenas a datificação do mercado de consumo. Ela não é a causa da
retribalização e sim um fator derivado que potencializa sua origem. Por isso,
para entender o fenômeno da Bolha (em seus diferentes níveis) é preciso
entender primeiro o processo de formação das seitas.
6.
Conclusão
Introduzimos o tema da retribalização e descrevemos o filme A Onda, apontamos as principais
características das seitas (o líder carismático, a doutrina, as crenças
inconscientes, o isolamento, o mundo dicotômico e a exploração econômica). Ao
contrário do senso comum, que vê a seita como um conjunto de alienados
explorados, detalhamos o processo de formação real, oscilando entre o
empoderamento de união e a administração dos objetos de ódio; entre a
excelência cooperativa das equipes e o uso criminoso da violência das gangues.
Também ressaltamos a oposição estrutural entre a Família/Comunidade
e a Seita, pois mesmo que a última absorva a primeira, os interesses
sedentários se oporiam à mobilidade dos objetivos táticos do grupo.
Apesar desses cortes temáticos descontínuos, o leitor já deve
ter percebido para onde caminhamos: as bolhas informacionais podem ser tornar
bolhas ideológicas e identitárias através dos mesmos mecanismo uniformização e
de desindividualização de formação das seitas. Não apenas através da
administração dos objetos de ódio, mas também pela promessa da excelência
cooperativa.
Todos temos um sentimento de
incompletude, um desejo de união a algo maior que a soma dos esforços isolados,
uma compulsão gregária pela Utopia. Fazer parte de alguma coisa significativa,
que faça a diferença, empodera e dá segurança. Mas também exige cuidado e
controle, pede que sejamos menos do que somos – o que cria um inconsciente
grupal cheio de resistências fraternas, inimigos externos e traidores.
Referências
BION, W. R. Experiências com
grupos. Rio de Janeiro: Imago; São Paulo: EDUSP, 1975.
DIE Welle
(Original) A Onda (em Português).
Direção de Dennis Gansel. Produção de Christian Becker e Martin Moszkowick.
Intérpretes: Jürgen Vogel, Frederic Lau e outros. Roteiro: Dennis Gansel e
Peter Thorwharth. Música: Heiko Maile. Alemanha: Constantin Film Produktion
Gmbh e Rat Pac Filmproduktion Gmbhk, 2008. (107 min.), son., color. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=zG3TfjAhs30&ab_channel=ALuzMcOficial
GOFFMAN,
Erving. Manicômios, Prisões e Conventos.
Tradução de Dante Moreira. Leite. 7ª edição. São Paulo: Editora Perspectiva,
2001.
LÉVY,
Pierre. As Tecnologias da Inteligência.
Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.
LEMOS,
André. Cibercultura, tecnologia e vida
social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sullinas, 3ª edição. 2007.
MAFESOLI, M. O tempo das tribos: o declínio do
individualismo nas sociedades de massa. RJ: Forense, 1987.
MCLUHAN,
Marshall. A galáxia de Gutenberg. A
formação do homem tipográfico. São Paulo: Cia Ed. Nacional e EDUSP, 1972
MORAIS,
Marina Magalhães de; PEREIRA Wellington. Tribalização
no Ciberespaço: O Fenômeno das Comunidades no Mundo Virtual. Intercom –
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXXI
Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Natal, RN – 2 a 6 de setembro
de 2008
PARISER,
Eli. O filtro invisível: o que a internet
está escondendo de você. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
[1] Professor
titular DECOM/UFRN.
[2]
A Onda (Die Welle) é um filme de 2008
dirigido por Dennis Gansel e produzido por Christian Becker. .
[3]
Para aprofundar no estudo dos abusos psicológicos em seitas e seu tratamento,
v.: https://rayhannezago.com/a-psicologia-das-seitas/
[4]
Outro conceito correlato é o de ‘Instituição Total”, organização fechada de
confinamento de um grande número de pessoas em que todos os aspectos da vida
social (aprendizado, trabalho, residência) ocorrem no mesmo local. Há seitas
que nascem de propostas de instituições totais em que a sustentação econômica,
a representação política e a vida cultural coincidem na mesma organização.